terça-feira, 20 de abril de 2010

Quantas vezes eu já duvidei de tudo que acredito ao, simplesmente, ver uma mulher chorar...

sábado, 10 de abril de 2010

A Sensação do Momento

Queria encomendar pra mim
uma daquelas coisas que se vê nas vitrines,
muitas vezes banhada a ouro,
cambiada em nossas veleidades.

Uma coisa assim:
fustigante e bela,
que nas paisagens
se tornam marquises.

Alguns que a têm,
não se importam ou adoram ostentar
em estandartes lá no alto,
vistos como cada vez mais nobres.

Há também aqueles que possuem e ignoram o fato,
mas graças aos sussurrentos,
sempre vigilantes,
acabam descobrindo cedo ou tarde.

No mundo todo,
vem crescendo e virando moda,
ou ainda diria:
“caiu na banalidade”.

É uma daquelas coisas... Hum...
Transadas!
Cheia de valor imediato,
que se acha no mercadinho da Tia Zoila ou nos shoppings mais irados.

E você, tem?
Certamente conhece uma China que tenha.
Mas enfim... Queria sim!
Um pouco de futilidade.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Filho da Luz Perdida

Veja o meu corpo,
estendido ao chão cinzento.
Ossado, sem sopro
nem leito profundo
no orbe que é mundo.

Sou o anjo caído
na planície sem nome.
Sem flores, pedra ou candelabro velado,
um fantasma do passado
que o tempo consome.

Um miserável alado,
sob a constelação de Abril,
pela solidão farejado,
sem oração ou unção.
Ferido, no frio.

Contemple agora (pegue seu vinho seco)
esta criança de Lúcifer; olhe:
tem dois pulmões,
duas asas e... Dois Corações!
Beba tudo de um só gole.

Não há larvas famintas no couro,
teu olhar que não vê é o verme.
Guarde um pouquinho pra ti,
mas deixe uma lágrima brotar de seu cerne.
Ora! Veja, é tarde demais: não estou mais ali.