domingo, 5 de abril de 2009

Pale Blue Dot



Carl Edward Sagan. Esse é um nome a se conhecer, brilhante astrônomo e um dos maiores, senão o maior, divulgador da ciência que o mundo já viu. Ele é o autor dessa e de muitas outras obras premiadas.
O livro Pale Blue Dot (Pálido Ponto Azul) foi inspirado por Carl Sagan quando a sonda Voyager 1 retirou fotografias da terra a mais de 6.000.000.000 de kilômetros do nosso planeta, onde todos nós, nossos parentes, amigos, amores, e tudo mais que conhecemos se encontrava em um pálido ponto azul no meio da imensidão negra.
Muitos podem ver esse vídeo ou ler o livro e se sentirem vazios, pequenos demais, impotentes, insignificantes, o que, relativamente, podemos ser, mas eu tive outra sensação. Ver aquele diminuto ponto azul, ver as trevas que nos cercam, ver ali aquele frágil, solitário e distante pontinho carente, me trouxe um sentimento de preciosidade, um sentimento de carinho e compaixão, algo que mal sei como explicar, mas que me traz uma certeza: Aquele pálido ponto azul é algo que temos que preservar.
Estamos aqui, o planeta terra é nossa casa, que compartilhamos com outros seres, e é tudo que temos. Não fico triste, pelo contrário, mais do que nunca sei que somos algo único, mesmo nessa “insignificância” nós significamos, pensamos, criamos, vivemos, ou seja, re-significamos... E o que mais? Aquela coisa que, de certo, é a mais distintiva para nossa raça, aquilo que nos move e nos estimula a prosperar. Aquela coisa chamada Imaginação.
Imaginando criamos mundos muito maiores, somos capazes de transcender qualquer limite. Carl Sagan sabia disso, ninguém se projeta para fora da terra, como ele fazia, sem imaginar o que há lá fora. Todos nós imaginamos e isso faz com que sejamos livres para voar e descobrir novos limites, a querer encontrar o algo mais, a questionarmos nossa existência. Afinal, qual é o significado da vida?
Então somos um pálido ponto azul, sim! Nisso, devemos tirar uma lição de humildade para sabermos que estamos todos no mesmo barco, para nos harmonizarmos e preservarmos nosso planeta e a nós mesmos.

2 comentários:

  1. Muito da hora Carlos Matheus, parabéns!!! Muito bom o texto. Assisti toda a serie do C.Sagan, sou muito fã dessa temática. Umas das coisas que mais acho interessante é o fato de que quando nos deparamos com a imensidão do universo, com sua escuridão e com seu silêncio, somos remetidos as nossas questões existenciais, ao sentido de nossas vidas, as coisas que valorizamos. Parece que há uma conexão entre a vastidão do universo e a curiosidade humana, estou para dizer que são equivalentes em tamanho, diria que o mesmo vazio que existe no cosmo existe dentro de nós, que é ele q nos motiva a questionar, a lutar, a sentir, a viver, porém, infelizmente, todo esse universo que existe dentro de cada um de nós pode morrer, como morre em muitas pessoas.

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  2. Muito bem colocado, amigo! Concordo com você e obrigado por comentar! Espero que volte ;D

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